Na manhã de 4 de agosto de 1944, o anexo secreto foi invadido pela Polícia de Segurança Alemã (Grüne Polizei) em consequência da denúncia de um informante que jamais foi identificado.[13] Liderados pelo oberscharführer da Schutzstaffel Karl Silberbauer do Sicherheitsdienst, o grupo incluiu pelo menos três membros da Polícia de Segurança. Anne Frank, sua família, além dos van Pelses e dos Pfeffer foram levados para a sede Gestapo, onde foram interrogados e detidos durante a noite. Em 5 de agosto, foram transferidos para a Huis van Bewaring (Casa de Detenção), uma prisão superlotada na Weteringschans. Dois dias depois, eles foram transportados para Westerbork. Aparentemente um campo de trânsito, por esta altura mais de 100.000 judeus haviam passado por tal lugar. Por serem presos em um esconderijo, eles eram considerados criminosos e foram enviadas para o Quartel de Punição para trabalhos braçais.[14]
Victor Kugler e Johannes Kleiman foram presos e encarcerados no campo penal para os inimigos do regime em Amersfoort. Kleiman foi libertado depois de sete semanas, mas Kugler passou por vários campos de trabalho até que a guerra chegasse ao fim.[15] Miep Gies e Bep Voskuijl foram interrogados e ameaçados pela Polícia de Segurança, mas não foram detidos. Eles voltaram para o anexo secreto no dia seguinte, e encontraram os papéis de Anne espalhados pelo chão. Eles guardaram os relatos de Anne, bem como vários álbuns de fotografia de familiares, e Gies resolveu devolvê-los a Anne depois da guerra. Em 7 de agosto de 1944, Gies tentou negociar a libertação dos prisioneiros, oferecendo dinheiro a Karl Silberbauer para intervir no caso, mas ele recusou.
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